quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nova Droga no Mercado

Foi descoberta no Acre, na fronteira com a Bolívia, o ‘Oxi’ ou ‘Oxidado’, uma das mais potentes e perigosas drogas em circulação no País. O estimulante já foi localizado pelas autoridades policiais em alguns estados brasileiros, entre eles, Maranhão, Pará e Piauí.
A nova droga tem a fórmula básica do Crack – bicarbonato, amoníaco e cloridrato de cocaína – com o poder de ‘fissura’ potencializado pela adição de querosene e cal virgem.
Segundo especialistas, o poder do Oxi é devastador, de efeito rápido e vício quase imediato. É comum ainda que o usuário recorra ao álcool etílico para prolongar o efeito. Vendida em pedras, que podem ser mais amarelas ou brancas a depender da quantidade de querosene, o pacote com cinco unidades custa de R$ 2 a 5 reais. O Crack, popular pelo baixo custo, custa, em média, R$ 10 a pedra.
O médico Mauro Gomes de Aranha, presidente do Conselho Estadual sobre Drogas, alerta que o Oxi, por se tratar de um estimulante, provoca diversos riscos a saúde. “A intoxicação com este tipo de substância causa convulsões e arritmia cardíaca, podendo chegar ao infarto agudo do miocárdio.”, disse.
O uso do Oxi atinge também o sistema nervoso central, levando à paranoia e sensação permanente de medo. Provoca um rápido emagrecimento, dores estomacais, enxaquecas, náuseas, vômitos e problemas no figado.
Segundo pesquisas da ONG Rede Acreana de Redução de Danos, a maioria dos usuários está na faixa entre 9 e 14 anos de idade. Cerca de 30% deles morrem no período de um ano a partir do uso da droga. Assim como acontece com o Crack, para sustentar o vicio, muitos usuários passam a cometer furtos ou praticar a prostituição.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Para economizar R$ 235 milhões, governo de SP lança programa de saúde para docentes

Para economizar R$ 235 milhões, governo de SP lança programa de saúde para docentes

Fonte: 15/02/2011 - Ana Okada UOL educação Em São Paulo
 
Foi lançado nesta terça-feira (15) o "SP Educação com Saúde", que deve oferecer assistência médica preventiva a servidores da educação no local de trabalho. As visitas, que estão previstas para começar no segundo semestre deste ano, visam diminuir os gastos com licenças na Educação, estimados em R$ 235 milhões por ano, segundo levantamento feito em 2006.
No mesmo ano, foram registradas 140 mil licenças por questões de saúde na Educação. Atualmente, a pasta tem 280 mil servidores. O orçamento para 2011 é de R$ 19,7 bilhões.
Segundo o secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald, a ação foi baseada em pesquisas na área da educação, que "indicam que o rendimento dos alunos cai quando o professor tem de se ausentar da sala de aula durante um período".
O programa é parceria da secretaria com o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) e a Casa de Saúde Santa Marcelina e custará R$ 27 milhões. Ele será implantado inicialmente nas 13 diretorias de ensino e 1.058 escolas estaduais da capital paulista, representando 20% da rede. O "Educação com saúde" abrangerá 65 mil funcionários, entre docentes, secretários de escola e agentes de serviço.
De acordo com o governador Geraldo Alckmin, a ideia é que ele seja expandido para todas as escolas do Estado, mas ainda não há a previsão de quando isso ocorrerá.
Como funciona
Cada diretoria de ensino terá médico, dois enfermeiros, um nutricionista, um psicólogo, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo e uma assistente social. As equipes farão atendimento nas diretorias de ensino e nas escolas, que terão visitas periódicas.
O foco será a prevenção, e os funcionários que forem diagnosticados com problemas de saúde serão encaminhados para tratamento de acordo com a especialidade médica. Com o programa, espera-se reduzir a incidência de problemas como estresse ocupacional, doenças osteomusculares, sobrepeso/obesidade, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, hipertensão, diabetes, transtornos mentais e tabagismo.
Entre fevereiro e março, a ação está será apresentada às diretorias de ensino. Posteriormente, começará o atendimento das equipes nas diretorias de ensino; as visitas às escolas se iniciarão no segundo semestre.
Convênios
Nesta terça também foram lançados convênios com 407 municípios da grande São Paulo e interior para a distribuição de materiais pedagógicos dos programas "Ler e escrever" e "São Paulo faz escola". O custo do material é de R$ 5 milhões.
O "Ler e escrever" é voltado à leitura e escrita dos alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Há distribuição de materiais pedagógicos, livros paradidáticos e é feita formação de docentes e ações de apoio pedagógico. É implantado também, nas salas do 2º ano, um professor auxiliar, geralmente um universitário de pedagogia ou letras, que irá auxiliar o professor nos processos de alfabetização e organização das aulas.
O "São Paulo faz escola" é destinado a alunos do 6º ao 9º ano dos ensinos fundamental e médio e prevê a distribuição do caderno do professor e do caderno do aluno. Ambos são elaborados pela secretaria, com auxílio da Fundação Vanzolini (USP), e baseados no conteúdo das matérias definidas na grade curricular da rede. Durante todo o ano, os alunos recebem quatro volumes, cada um contendo um exemplar de cada disciplina.

Governo deve colocar 25 mil professores na rede estadual em 2012


Fonte: 10/02/2011 - 13h14 Ana Okada Em São Paulo

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira (10) que 25 mil professores, já aprovados no último concurso da rede, devem ingressar no ensino estadual de São Paulo em 2012. Eles serão convocados no primeiro semestre de 2011 e farão curso de formação no segundo semestre, para ingressar nas salas de aula no ano que vem.
Durante a aula, o governador Geraldo Alckmin tirou pressão arterial de uma aluna Atualmente, o ensino do Estado tem 110 mil professores concursados efetivos, 78 mil temporários com estabilidade e 22 mil temporários sem estabilidade. Neste semestre, 9.304 docentes concursados entraram na rede.
Alckmin ressaltou também que o ensino fundamental de nove anos terá três ciclos, e não mais dois, como ocorre atualmente. A mudança já havia sido anunciada em janeiro, em matéria da Folha de S. Paulo. Além do ciclos que vão do 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º ano, a ideia é que ocorra retenção também no 3º ano, para que os estudantes com dificuldades possam ser recuperados mais rapidamente.
Em entrevista ao jornal SPTV, o secretário da Educação Herman Voorwald disse que a mudança da progressão depende de uma discussão, que deve se iniciar em breve, entre a pasta e a rede.

O Brasil precisa dos professores

O Brasil precisa dos professores

Fonte: Folha de São Paulo - 10/02/2011 - HERMAN VOORWALD

A Folha tem apresentado nesta mesma seção importantes contribuições para a discussão pública do modelo da progressão continuada no ensino fundamental do Estado de São Paulo, em acréscimo aos editoriais, artigos e reportagens que já haviam tratado desse tema.
Em atenção às diversas opiniões sobre o assunto, cabe esclarecer que, muito mais que manter e reformular a progressão continuada, o governo de São Paulo realizará a reorganização dos ciclos dos ensinos fundamental e médio do Estado, tendo como objetivos, entre outros, a melhoria da qualidade da formação dos seus alunos e sua preparação para a cidadania e o mercado de trabalho.
O desafio de melhorar a educação pública paulista exige não só inovações na política de governo, mas também assegurar os avanços conquistados em gestões anteriores, que reverteram expectativas pessimistas na educação.
A partir de 1995, com os governos Covas e Alckmin, São Paulo implantou medidas com foco na universalização do acesso à escola, na correção das distorções de idade/ série e na redução da evasão. Hoje, quase 99% da população de sete a 14 anos do Estado está na escola. Na faixa de 15 a 17 anos, há 86,4% de alunos, maior índice do país. Com a gestão Serra, mais recentemente, tivemos a padronização curricular, com orientações aos docentes para todas as séries, inclusive por meio dos programas Ler e Escrever e São Paulo Faz Escola.
Avançamos também com as avaliações das escolas e as metas de qualidade, que proporcionam um olhar mais detalhado do sistema educacional.
Outra inovação relevante foi o programa de incentivos por meio de bônus por resultados, no qual as escolas têm metas de qualidade que, se alcançadas, geram até 2,9 salários a mais no ano para seus servidores. Todas essas conquistas serão mantidas pelo atual governo.
Mas esta gestão não se limitará a elas. É preciso modernizar a estrutura da Secretaria da Educação, que gerencia cerca de 5 milhões de alunos, 230 mil professores e 5,3 mil escolas e é baseada em um modelo administrativo anacrônico e burocrático. Elaborada a partir de 2008, a reestruturação necessária, cuja implantação já foi decidida pelo governador Geraldo Alckmin, proporcionará uma gestão muito mais ágil e eficiente.
Nosso Estado mantém três das melhores universidades do país, a Unesp, a Unicamp e a USP. Elas respondem por cerca de 40% de toda a produção científica brasileira de nível internacional. Produção esta que passou de 0,6% do total mundial no final dos anos 1980 para o atual patamar de 2,2%, perfazendo um dos mais significativos crescimentos entre todos os países.
O desempenho dessas três instituições no plano acadêmico e, acima de tudo, no desenvolvimento econômico do país não aconteceu graças apenas a investimentos por agências de fomento. Esse avanço se deveu, principalmente, à inclusão, entre as prioridades institucionais, da valorização de recursos humanos por meio de plano de carreira e de política salarial.
Nessas três universidades, para obter crescentes avanços rumo à excelência, foi fundamental a consolidação de quadros de docentes e de servidores técnicos e administrativos comprometidos com a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão. Temos a obrigação de seguir esse exemplo com os ensinos fundamental e médio do Estado.
O Brasil precisa dos professores.
Nosso objetivo maior é, portanto, a valorização dos profissionais do ensino público paulista.