terça-feira, 22 de novembro de 2011

A educação inclusiva uma utopia?

Fonte: UOL
No Brasil o discurso sobre inclusão de pessoas com deficiência quer seja na escola, trabalho, lazer, espaços sociais tem sido ainda uma utopia. As mudanças de fato estão sendo forjadas por grupos de pais mais organizados, educadores, alguns líderes políticos, entidades, ONGs e os meios de comunicação.  Está caminhando a passos curtos, mas caminhando em alguns locais, regiões.
A preocupação reside ainda, somente com os resultados quantitativos como, por exemplo, quantos alunos com deficiência estão matriculados nas escolas do Brasil, do que com os resultados qualitativos das relações com aprendizagem e conhecimento, que seria importante saber, por exemplo, de que maneira estes alunos estão matriculados, como estão sendo atendidas as necessidades singulares destes alunos, como estão aprendendo, se relacionando, se estão felizes e realizados. Do ponto de vista dos professores, as perguntas recairiam, estão sendo capacitados e aprendendo de fato, mudaram suas atitudes, o currículo e avaliação da escola foram modificados e o plano político pedagógico, há cooperação entre a saúde e educação para atender os casos de alunos com autismo, dentre outros que precisam de atendimento clínico especializado, e viriam muitas outras indagações, sem falar das questões da família que vamos ponderar mais abaixo.
Perguntas estas que não calam, mas ficam veladas a espera de atitudes mais eficientes e humanizadoras. Muitas ações de políticas públicas do governo federal estão sendo efetivadas e apoiadas no âmbito estadual e municipal. Contudo, as escolas estaduais por serem maiores em demanda de alunos sendo que na mesma proporção acontece com o numero de seus professores que precisam ter formação para compreenderem a educação inclusiva, são as que apresentam as maiores dificuldades em relação às escolas municipais e particulares. O Ministério da Educação tem em seu bojo uma proposta de vanguarda, mas as dificuldades são de ordem pragmática, ou seja, políticas públicas mais eficientes, investimentos em formação e materiais pedagógicos (tecnologias assistidas), trabalho e investimento para mudança cultural de atitudes ainda preconceituosas e falta de informação para a população geral.
A Educação Inclusiva não se restringe a educação, mas uma forma social de relacionar-se com o ser humano. É um processo árduo, desafiador mudar a cultura do ser humano!
O que observamos é que cada um faz uma parte que nem sempre forma um todo convergente, um emaranhado entre leis, projetos, iniciativas, verbas, metodologias que por muitas vezes se desencontram da concepção humanística, tornam-se apenas uma retórica universitária ou um projeto político fugaz.

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