sexta-feira, 8 de julho de 2011

Novas tecnologias na educação

Fonte: UOL.

No início de julho, o Blog Educação (www.blogeducacao.org.br) repercutiu notícia do Pisa sobre sistemas de ensino e a tecnologia. Somos o último país de uma lista de 38 sistemas quanto ao número de computadores por alunos em escolas. Em casa, 53% dos estudantes brasileiros de 15 anos não têm computador.
O Blog Educação, extensão do programa educacional do Instituto Votorantim, é fonte valiosa para quem ensina ou quer aprender. O Pisa é o Programa Internacional de Avaliação de Alunos e referência para melhorias na Educação.
Como nem tudo está perdido, o contraponto dessa notícia é outra igualmente referenciada pelo Blog Educação na matéria “Pesquisa sobre inovação educativa identifica projetos de vanguarda”.
A matéria relata pesquisa da Fundação Telefônica e do Instituto para o Desenvolvimento e a Inovação Educativa (IDIE), da Organização dos Estados Iberoamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) sobre tecnologias de informação e comunicação em educação.
O estudo foi realizado em nível nacional com projetos para alunos do ensino básico e avaliou 64 trabalhos. Deles, 11 foram selecionados e quatro se destacaram.
Projetos inovadores
“Cartografias de Sentidos nas Escolas”, do Centro de Convergência de Novas Mídias (CCNM), da Universidade Federal de Minas Gerais, reúne alunos e professores do ensino fundamental e médio de escolas públicas da rede municipal de Belo Horizonte. Estimula o uso de celulares, internet, videogames e ferramentas audiovisuais para que os alunos conheçam melhor a cidade em que vivem. Eles captam depoimentos dos habitantes, imagens, sons e cores das paisagens. Depois, constroem mapas sensoriais, segundo Regina Helena Alves, coordenadora do projeto. Além de Minas, o projeto é aplicado em escolas do Rio, São Paulo, Amazonas, Bahia e Ceará. Fora do Brasil, está em Portugal e na Espanha.
O projeto “Fractal Multimídia: objetos de aprendizagem”, do Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio, de Petrópolis (RJ), reúne um grupo de alunos do ensino médio e simula uma empresa multimídia. Com o apoio do professor de Matemática e orientador tecnológico, Guilherme Hartung, os jovens desenvolvem games com conteúdos estudados em aula. Utilizam internet, recursos audiovisuais, games e softwares livres de design gráfico e edição de áudio. Os jovens despertam para as novas profissões do meio digital e os materiais que produzem são aplicados em aulas de outras disciplinas. Os trabalhos estão disponíveis na internet e o acesso é gratuito: (
http://fractalmultimidia.blogspot.com/).
“Experimentação remota como suporte a ambientes de ensino-aprendizagem” é projeto desenvolvido em Araranguá, pela Universidade Federal de Santa Catarina, o qual oferece um sistema para a manipulação de objetos físicos remotamente, a partir de um computador conectado à internet. Trata-se de uma alternativa para driblar a escassez de laboratórios de ciências em muitas escolas. Pelo modelo, os estudantes utilizam dispositivos de interação online, como câmeras e transmissão de comandos para operar experimentos reais em um laboratório central, instalado na Universidade.
De acordo com o professor e responsável pelo projeto, Juarez Silva, a iniciativa possibilita a interação com diferentes recursos, como a simulação em 3D e a utilização de ferramentas específicas.
As “Olimpíadas de Jogos Educacionais”,projeto da empresa Joy Street com o Centro de Estudos de Sistemas Avançados do Recife e pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, unem conteúdos curriculares a gincanas, com o suporte da tecnologia. A atividade mobiliza alunos e professores do ensino fundamental (8º. e 9º. anos) para desafios, jogos educativos e tarefas de aprendizagem reais e virtuais.
Segundo Luciano Meira, coordenador do projeto, a ideia é estimular o aprendizado de maneira divertida. Desde a sua criação em 2008, já ocorreram três olimpíadas em Pernambuco e duas no Rio. Entre os dois estados, a iniciativa envolve 100 mil estudantes, 3.738 professores e 1.889 escolas.

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