segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma viagem pelo subsolo nos estudos de Geografia

Fonte: UOL.


Neste segundo mês do roteiro de estudos do UOL Vestibular, você já deve ter percebido que os conteúdos se adensaram e que é preciso disposição e ritmo para dar conta de tudo o que temos para trabalhar. No que se refere a Geografia, a tarefa seria bem mais agradável se você pudesse viajar pelo Brasil para estudar as principais áreas de ocorrência e exploração dos minerais metálicos no País.
Os professores Airton Luiz Nago, Rafael Balsalobre, e Bruno Elias, do Colégio Vértice, relacionam as seguintes áreas:
1. Serra do Navio, no Amapá – manganês (quase esgotado);2. Rondônia – cassiterita;3. Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais – ferro e manganês;4. Santa Catarina e Rio Grande do Sul – região carbonífera;5. Maciço do Urucum, no Mato Grosso do Sul – manganês e ferro;6. Grande Carajás (Pará e outros estados) – recursos variados, principalmente ferro;7. Rio Grande do Norte – região salineira.
Segundo os professores do Vértice, um dos enfoques seria explicar em que eras e províncias geológicas são formados os minerais. Em relação aos minerais metálicos (ferro, manganês, bauxita, etc.) eles existem nos Escudos Cristalinos e se formaram na era Proterozóica.
As provas podem associar as questões a fatos econômicos e geopolíticos relacionados aos recursos minerais. "Com a crise em 2008, houve queda na produção e demanda, que voltaram a crescer nos últimos anos, principalmente minério de ferro", explica Prof. Luiz Carlos de Souza Domingues – conhecido como Panela – do SEB-COC de Ribeirão Preto-SP. “A exploração de minérios no Brasil é associada à voracidade da
China no consumo de matérias-primas, um exemplo de pergunta pode incluir a balança comercial Brasil-China.”
Passagem brusca
Não estamos mais em tempos de amenizar o impacto de conteúdos difíceis. Da viagem da Geografia, voltamos a nos concentrar, desta vez novamente nas Leis de Newton, em Física. Como já explicamos na semana passada, continuamos com o assunto, pois é muito importante nas provas da disciplina. Algumas dicas, do prof. Sylvio Carlos Andrade Ferreira, coordenador de física do SEB-COC, valem ser lembradas para sistematizar seu conhecimento:
- a
2ª lei (fundamental), relaciona-se com o teorema do impulso;
- a 1ª lei (inércia), relaciona-se com referenciais cinemáticos e
- a 3ª lei (ação-reação), associa-se ao princípio da conservação da quantidade de movimento. Na verdade, esse princípio de conservação é a junção da 2ª e 3ª leis de Newton.
“O erro mais comum cometido pelos alunos é a conclusão de que o par ação-reação se anula, pois tem a mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto. O erro ocorre porque as forças atuam em corpos diferentes”, explica o prof. Alexandre L, do Etapa. Segundo ele, uma maneira de provar que as forças de ação e reação não se anulam é o exemplo clássico de um patinador inicialmente em repouso empurrando outro, também em repouso. “Ambos irão deslocar-se em sentidos opostos, pois a ‘ação’ atua em um e a ‘reação’ no outro.”
Ação e reação, ativa ou não?
Um desafio gostoso no universo do conhecimento é estabelecer relações entre campos científicos aparentemente desconexos. Com a ideia de ação e reação soando na mente, passamos ao estudo das vozes verbais, em Português, última divisão dos verbos de nosso roteiro. “É um assunto extremamente importante no vestibular, afirma o prof. Daniel Perez, conhecido como Dan Dan, do Cursinho Henfil.
“Principalmente nas provas de segunda fase, aparecem questões pedindo para refazer ou reescrever um trecho, no mesmo sentido ou no sentido contrário”, explica. É aí que entra o domínio do estudante sobre as vozes ativa, passiva – sintética ou analítica, reflexiva ou recíproca. “Quase todos os anos caem perguntas do tipo, em que é preciso mudar a voz do verbo. E o aspecto contextual é fundamental para este entendimento”.
Seguindo a trilha de conteúdos que lidam com ideias contrárias, podemos fazer uma pausa no Barroco brasileiro, em Literatura. O principal representante do movimento, Gregório de Matos, é conhecido como “Boca do Inferno”, por sua poesia satírica, em que zomba das pessoas, costumes e organização social de seu tempo, segundo o prof. Perez. No entanto, como o autor não consta da lista de leituras obrigatórias da Fuvest e Unicamp, são remotas as chances de cair na prova. Nos últimos anos esteve ausente e uma possibilidade é a comparação de sua poética, em que aparece a “arte dos contrastes” barroca, com a Antologia Poética de Vinicius de Moraes, esta sim de leitura obrigatória.
Progredindo
Depois desse descanso em Literatura, mudamos a lógica para estudar progressão aritmética e progressão geométrica, em Matemática. Segundo o prof. Roberto Jamal, do Cursinho Anglo, são assuntos que caem relativamente bastante nos vestibulares, pois além de problemas puramente algébricos, podem aparecer aplicadas a outras partes da matemática, como geometria.
"Um ponto importante da PG é a soma dos termos de uma progressão geométrica infinita", afirma Jamal.
O prof. Bonfim Eron, do Cursinho Henfil, ressalta que no ano passado, um dos grandes vestibulares pediu PG associada a logaritmo. A progressão aritmética pode aparecer em questões que pedem para calcular o quanto uma pessoa andou em um mês, tendo aumentado certa quantidade de metros a cada dia de caminhada. "Em cálculos de juros acumulados, caem contas de progressão geométrica", afirma Jamal.
Básicos
Nas duas próximas disciplinas, os conteúdos desta semana são importantes para o entendimento de temas posteriores, portanto estude com máxima atenção e não deixe passar dúvidas. Em Química, os ácidos, bases, sais e óxidos e suas interações e reações precisam ser entendidos em função de suas definições, características e propriedades, para entrarmos nos temas de oxidorreduçao e estequiometria, nas próximas semanas.
"Nos ácidos, é importante diferenciar o número de hidrogênios ionizáveis em cada ácido. Nas bases, o número de OH - hidroxilas - ionizáveis. São conceitos importantes para entender a neutralização”, explica o prof. Christian Carbone, do Cursinho Henfil. Entendidos os conceitos, o estudante tem condições de estudar as reações de dupla-troca, entre elas a neutralização, que pode aparecer em perguntas do tipo “quanto material base é necessário para neutralizar uma determinada quantidade de ácido?”
Em
Biologia, o estudo dos tecidos também consiste em conteúdo básico para posterior estudo dos sistemas do corpo humano. Como terminamos a parte das células na semana passada, vamos para a histologia. "Sobre o tecido epitelial, que tem função principal de revestimento, é importante entender sua relação com outros tecidos e a segunda função que desempenha em cada caso: na pele, de proteção, no intestino, de absorção", explica o prof. Tony Manzi, do Cursinho Henfil.
Em relação ao tecido muscular, o prof. Tony afirma que é importante identificar onde se encontra cada tipo: liso, estriado e estriado cardíaco. O tecido nervoso aparece em perguntas relacionadas ao sistema nervoso como um todo (que será estudado no capítulo sobre corpo humano deste roteiro). “Faz um tempo que não cai e estamos apostando neste tema”, diz o prof. Tony.
O tecido conjuntivo é base de sustentação para outros tecidos, e forma os especiais, como o adiposo e ósseo. O prof. Tony destaca a importância do tecido sanguíneo. “Tem sido comum aparecer exame de sangue em questões do vestibular.” Com tantos detalhes, os tecidos vegetais ficam para a próxima semana.
Cuidado com o Código Da Vinci
O estudo do Baixo Império Romano, em História Geral, é importante para a compreensão da formação do feudalismo, tema de alta incidência nos vestibulares. “O sistema feudal não aparece de uma hora para outra, mas resulta do colapso da organização romana, um processo de ruralização e crise político-militar e as pressões dos povos bárbaros na fronteira”, comenta o prof. Elias Feitosa de Amorim Jr, do Cursinho da Poli.
“É muito mais importante entender a conjuntura histórica, o que está mudando e o que não está naquele período, do que saber os nomes dos imperadores e quem fez cada coisa”, recomenda. E faz um alerta sobre os desdobramentos do
cristianismo no fim do Império Romano. “O livro O Código Da Vinci traz uma incorreção sobre o Édito de Milão, que conferiu liberdade de culto; mas não foi este ato que tornou o cristianismo a religião oficial de Roma”, alerta.
A
abordagem da conjuntura histórica também predomina as questões dos vestibulares sobre a organização administrativa e a economia do sistema colonial, tema desta semana de História do Brasil. “Ninguém vai cobrar nome de donatários e capitanias hereditárias”, afirma o prof. Elias, do Cursinho da Poli. O importante é entender o sistema de capitanias como uma tentativa de desenvolver a colonização portuguesa, mas com a ajuda de terceiros, sem investimento direto da Coroa – o esforço de ocupar o território tem por objetivo não perder as terras para os franceses e holandeses que visitavam nossas costas.
Quanto à
economia da colônia, a cana de açúcar era o principal produto e a forma das capitanias foi uma maneira de aumentar a produção, em larga escala. Lembre-se das características: latifúndio, monocultura e trabalho escravo. “A pecuária se desenvolveu junto com a cana como forma de transporte”, destaca o professor.

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