segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sem acordo, greve de professores completa 30 dias em SP

Fonte: MARIANA DESIDÉRIO - DE SÃO PAULO - Publicidade
Em greve há 30 dias, os professores e funcionários das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia de São Paulo) fazem nesta segunda-feira uma manifestação em frente à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, na região central de São Paulo.
Segundo o Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), são cerca de 300 manifestantes. De acordo com a Polícia Militar, a manifestação se concentra na rua Bela Cintra, é pacífica e reúne cerca de 100 pessoas. O protesto não bloqueia a via, diz a PM.
Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 58% no caso dos professores e de 72% no caso dos funcionários, além de progressão de carreira para todos.
A proposta do governo até agora é de 11% de reajuste mais progressão de carreira para professores de categorias iniciais, evolução funcional para os funcionários com melhor desempenho e promessa de elaboração de um novo plano de carreira.
Nesta tarde acontece uma reunião de negociação entre governo, Centro Paula Souza (que administra as Etecs e Fatecs) e o Sinteps.
APOIO
Na Etec Carlos de Campos, no Brás, o movimento dos professores tem apoio dos estudantes.
"As pessoas estão preocupadas porque estão sem aula, mas estão com fé de que vão conseguir melhorar a situação dos professores, apesar de saber que estamos sendo prejudicados. Estamos pensando no bem maior, e os professores também", diz a estudante do 1º ano do ensino médio, Isabelle Meira Priore, 15.
Ela conta que os estudantes são convidados para as passeatas, mas nem todos podem ir. "Eu tenho 15 anos. Para minha mãe deixar eu ir é complicado, e tem gente que não pode porque trabalha." Às reuniões de greve, Isabelle comparece.
O prazo para os professores saírem da greve sem terem os dias descontados em salário termina hoje. Após a reunião de negociação, está marcada uma nova assembleia da categoria, que vai decidir se a paralisação continua ou não.
Para os grevistas, o governo tem uma folga no orçamento para gastos com pessoal, o que permite melhorias em sua proposta aos professores e funcionários.
Em nota, o Centro Paula Souza afirmou que a proposta do governo permanece a mesma e disse que todas as aulas perdidas serão repostas.

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